quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Responsabilidades.

Postado por Gabi Fonseca. às 09:55



Ilustração de Fadq


O tempo é algo tão relativo e misterioso, há apenas alguns anos tudo era tão fácil eu só precisava me preocupar em acordar cedo para ver desenhos ou com o porquê de haver letras nas equações matemáticas Encontrar meus amigos era algo tão comum quanto passar o dia curtindo preguiça ou brincando com apenas a imaginação - horas e horas imaginando mundos fantásticos escondidos em passagens secretas por toda casa.
E de repente num passe de mágica, assim como nas minhas fantasias, tudo mudou. Me falaram que agora eu tenho que ter responsabilidades, que eu preciso aprender a gerenciar meu tempo, que é necessário ganhar dinheiro, é preciso ter uma profissão, é preciso amadurecer. Mas quando foi que essa transição aconteceu? Quando eu deixei de ser uma criança pra me tornar o que sou agora?
Até parece que não faz muito tempo desde àquelas tardes de tédio... Como tudo passou tão rápido, como a vida corre e a gente tem de acompanha-la. Sinto falta daqueles dias, porém se lamentar pelas fases que passaram só fará com que você perca tempo e oportunidades.
Sim, eu confesso, quando pequena não me imaginei fazendo o que eu faço agora, mas foram minhas escolhas que me trouxeram até aqui, não me arrependo delas, não me arrependo de cada pessoa que essas escolhas me fizeram conhecer ou de cada lugar visitado, afinal viver é assim, a gente erra e aprende, nem sempre nessa ordem, nem sempre de um jeito fácil, mas é assim.
Além do mais, se um dia eu perceber que nada está me fazendo feliz eu só preciso relembrar quem eu era, sou e quero ser e me reinventar. Ao contrário da lagarta que tem apenas uma chance para se tornar borboleta, eu posso me transformar no que eu quiser, várias cores, formas, jeitos, um universo de oportunidades esperando por mim, para matar minha sede de mundo, matar minha vontade de ser, minha vontade de viver.

0 comentários:

Postar um comentário

 

Coisas Frágeiis Copyright © 2012 Design by Amanda Inácio Vinte e poucos